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Foto: Reprodução Corpo de Bombeiros Rio Grande do Sul
Corpo de Bombeiros confirmaram um óbito em decorrência do ciclone. Também há cinco pessoas desaparecidas
Conforme os alertas da Baroclima Meteorologia durante a semana, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram atingidos por um ciclone extratropical que provocou chuvas intensas e ventos fortes. Na madrugada desta sexta-feira (16), muitas cidades gaúchas registraram alagamentos e estragos nas estradas. As regiões mais atingidas são o Litoral Norte, a Serra, Vale do Sinos, Paranhana e Caí, e a Região Metropolitana. Algumas cidades tiveram mais de 200 milímetros de chuva.
Até o momento, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros confirmaram um óbito em decorrência do ciclone. Trata-se de um jovem de 23 anos que foi vítima de descarga elétrica em São Leopoldo. Também há cinco pessoas desaparecidas.
O meteorologista Gustavo Verardo afirma que a formação do ciclone extratropical pode estar relacionada a uma série de fatores:
– Toda frente fria vem acompanhada de um ciclone, isso é uma situação padrão na dinâmica desses sistemas que chamamos de sistemas frontais. A formação de um ciclone depende de vários fatores, dentre eles o ambiente (continente ou oceano). No caso dos extratropicais, mais especificamente o que atingiu o Rio Grande do Sul, os estragos estão relacionados pela sua proximidade com a costa, ou seja, o "olho" do sistema estava a poucos quilômetros da costa e, pela orografia da região, a chuva foi extrema nas últimas horas. Nesse caso em específico tivemos a passagem de uma frente fria que atuou até o Sudeste do Brasil e dessa frente tivemos o que chamamos de "baixa segregada", que é justamente a "separação do ciclone com a frente fria". Como as águas do oceano Atlântico estão com temperatura acima da média, isso acabou intensificando a chuva e o vento, que passou de 100 km/h – explica o especialista.
Verardo ainda afirma que nas próximas horas o tempo deve se firmar e o sol retornar.
Segundo o G1, há pelo menos 460 mil pontos sem luz no estado. A informação é da Rio Grande Energia (RGE) e da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia no Estado.
O governador Eduardo Leite afirmou que as equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Brigada Militar estão mobilizadas para prestar apoio às comunidades mais afetadas, especialmente sobre a região nordeste do RS.
Diversas estradas do Estado estão com o tráfego bloqueado na manhã desta sexta. Em seu perfil oficial no Twitter, a Polícia Rodoviária Federal está atualizando os locais.
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Confira os números observados até o momento
Nas últimas 36 horas, a Baroclima Meteorologia registrou alto volume de chuvas no RS. As cidades mais afetadas são:
- Maquiné - 301mm
- Alto Feliz - 271mm
- Bom Princípio - 260mm
- São Leopoldo - 259mm
- São Sebastião do Caí - 240mm
- Campo Bom - 238mm
- Gravataí - 236mm
- Sapucaia do Sul - 224mm
- Nova Petrópolis - 213mm
- Itati - 210mm
Chuva observada na Região Central
- Júlio de Castilhos - 99mm
- Restinga Sêca - 72mm
- Tupanciretã - 71mm
- Cruz Alta - 71mm
- Pinhal Grande - 69mm
- Faxinal do Soturno - 67mm
- Nova Palma - 62mm
- Dona Francisca - 59mm
- Ivorá - 58mm
- Agudo - 58mm
- São Martinho da Serra - 49mm
- Toropi - 45mm
- Jari - 41mm
- Caçapava do Sul - 29mm
- São Sepé - 29mm
- São Gabriel - 24mm
- Jaguari - 19mm
- São Francisco de Assis - 15mm
Chuva observada em Santa Maria
- João Goulart - 68mm
- Perpétuo Socorro - 66mm
- Patronato - 63mm
- Tecnoparque - 61mm
- Lorenzi - 55mm
- Camobi - 46mm